Os trabalhadores da Fiat em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, aprovaram a proposta de suspensão temporária do contrato de trabalho ("lay-off") feita pelo Grupo Stellantis, dono das marcas Fiat, Chrysler, Peugeot e Citroën. A proposta foi avaliada por cerca de 9 mil funcionários e 98,09% aprovaram a proposta.
A Stellantis informou, em nota, que a escassez global de insumos, notadamente de componentes eletrônicos, tem comprometido a capacidade da montadora de manter o ritmo e volume de produção dentro de padrões previsíveis.
“A suspensão do contrato de trabalho para qualificação profissional preserva os empregos dos trabalhadores envolvidos e assegura os direitos estabelecidos no acordo coletivo de trabalho, além de oferecer qualificação profissional, estabilidade no emprego proporcional ao período de afastamento e o pagamento de bolsa-auxílio, para preservar o poder aquisitivo”, afirmou a empresa na nota.
A suspensão do contrato de trabalho pode ser de dois a quatro meses e pode atingir até 6,5 mil trabalhadores. O funcionário que aderir receberá subsídio do governo nos moldes do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda do Ministério da Economia, e terá complemento pago pela montadora. O trabalhador também deverá participar de um curso virtual de qualificação profissional e ter uma frequência mínima de 75% nas aulas.
O acordo tem vigência de um ano e valerá a partir de 1º de outubro. O Valor apurou que a Stellantis ainda não definiu o número de funcionários que terão os contratos suspensos, nem quando começará a colocar pessoas em "lay-off".