Por Juliana Steil, g1 Santos


Dulcinea Polli de Almeida, de 66 anos, foi morta a marretadas dentro de casa — Foto: Arquivo pessoal

O autônomo de 36 anos que matou uma idosa de 66 anos com marretadas na cabeça, no último domingo (13), foi visto por vizinhos rodeando a casa da vítima uma hora antes do crime em Pedro de Toledo, no interior de São Paulo. As informações foram divulgadas pela polícia nesta segunda-feira (14).

A vítima foi identificada como Dulcinea Polli de Almeida, de 66 anos. Ela estava sozinha em casa, na área rural do município, quando foi surpreendida por um homem que mal conhecia, e foi atacada por ele na face e na cabeça com diversas marretadas. A idosa morreu no local.

O irmão dela, Vanderlei Polli, foi quem encontrou a vítima e o autor do crime na residência, caídos lado a lado, bastante ensanguentados. Ao g1, o parente disse que chegou a pensar, naquele momento, que o homem seria outra vítima de um suposto terceiro envolvido, devido ao estado em que ele se encontrava. Na verdade, ele desmaiou após convulsionar na cena do crime.

Horário dela assistir à missa

Vanderlei mora a duas quadras de distância da casa da irmã. Ao ouvir os gritos por socorro da idosa, os vizinhos ligaram para ele pedindo que viesse à casa e checasse o que estava acontecendo, já que o portão estava trancado.

"Foi por volta de seis da manhã, que é o horário que ela levantava para assistir à missa, fazer as orações e tudo. Ela era uma pessoa evangélica, sempre foi apegada a esses negócios. Ele [criminoso] sabia que ela acordava nessa hora", diz ele.

Dulcinea Polli de Almeida, de 66 anos, foi morta a marretadas dentro de casa — Foto: Arquivo pessoal

Ao chegar, Vanderlei teve que pular o muro para entrar na residência. A porta da sala estava escancarada e, na passagem pro quarto dela, ele viu o corpo da irmã caído no chão com o homem ao seu lado. A mulher já estava morta, enquanto o homem estava desmaiado.

Com a chegada da ambulância do Samu e da Polícia Militar, a morte da idosa foi confirmada e o homem, que àquela altura tinha voltado a convulsionar, foi socorrido e em seguida detido pelo crime. Uma marreta coberta por sangue foi encontrada na sala da residência.

Mal se conheciam

Vanderlei trabalha com um ferro-velho na cidade. Ele contratou o autônomo para ajudá-lo a desmontar eletrodomésticos e resgatar as peças em bom estado há apenas 15 dias. "Eu conheci ele tem dois meses", conta. A idosa, porém, não havia tido tanto contado com o autônomo.

Segundo o irmão da vítima, o autor do crime estava sob efeito de drogas no momento do crime e, por conta disso, teria tido convulsões ao lado da vítima logo após o ataque. "Sabia que ele tinha filhos, já foi casado duas vezes, mas não sabia desse problema dele com drogas". A Polícia Civil não confirmou essa informação.

O homem apontado como autor do crime e Dulcinea se conheciam de vista. "Só desses 15 dias de serviço", garante o irmão. "Era droga, só pode ser, porque outra coisa não tinha. Não tinha motivo nenhum, ela não fica com dinheiro e é mentira que ele ia fazer serviço pra ela quatro horas da manhã", desabafa.

Ele acredita que a intenção do homem era abusar da sua irmã, mas que ela conseguiu reagir e, por conta disso, foi morta com os golpes de marreta. "O que eu vi ali foi uma tentativa de estupro, partiu pra esse lado. Acredito nessa parte. Ela reagiu e foi aí que ele matou", disse. "E na hora da adrenalina, com ele usando um monte coisa, deve ter dado reação e ele teve convulsão", completa.

Na delegacia, o homem exerceu seu direito de permanecer calado e não prestou depoimento às autoridades. O local do crime também foi periciado e o corpo da idosa levado ao Instituto Médico Legal (IML).

Os vizinhos contaram à polícia que viram o homem rodeado a casa da vítima entre 3h e 4h. Imagens das câmeras de O caso segue sob investigação.

VÍDEOS: as notícias mais vistas do g1

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!