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O PL decidiu manter a candidatura do senador Carlos Viana (PL-MG) para governador de Minas Gerais e consolidou o palanque do presidente Jair Bolsonaro no segundo maior colégio eleitoral do país. Os dois se reuniram na tarde desta terça-feira no Palácio do Planalto junto com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os comandantes do União Brasil e do Republicanos no estado.
O governador Romeu Zema (Novo) tem se recusado a declarar apoio a Bolsonaro, sob o pretexto de que seu partido tem um presidenciável, Luiz Felipe D’Ávila. O presidente, no entanto, se irritou com a postura do governador, atribuída nos bastidores à uma tentativa de evitar atrair a rejeição do chefe do Executivo entre os eleitores mineiros.
Viana, contudo, sofria resistência de deputados mineiros do PL, favoráveis à aliança com Zema, e sua candidatura também era vista com ceticismo pelo comitê de campanha de Bolsonaro. Com a candidatura de Viana, aliados de Bolsonaro avaliam que aumentam substancialmente as chances de forçar um segundo turno entre Zema e o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), o que obrigaria o governador a se posicionar publicamente – e a, enfim, declarar apoio à reeleição do presidente. Kalil é o nome do ex-presidente Lula no estado.
-- Decidimos a manutenção da minha pré-candidatura ao governo de Minas e a sequência do projeto do palanque do presidente em nosso estado. O presidente já comunicou efetivamente ao governador de Minas Gerais (Romeu Zema) a decisão e, de agora para frente, o PL mostrará e trará todo o cronograma dentro do que prevê a legislação — disse Viana.
A situação em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, é considerada preocupante. No estado, Bolsonaro, segundo pesquisa Datafolha, tem 20 pontos percentuais a menos que Lula (48% a 28%). Nenhum presidente venceu as eleições sem ganhar em Minas Gerais.
Atualmente, Viana tem 4% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada no início de julho. A estratégia do PL é fazê-lo chegar a até 10% e tirar votos de Zema, forçando um segundo turno com Kalil.
Na última sexta-feira, em uma nova tentativa de conquistar um palanque forte no estado, Bolsonaro recebeu Zema no Palácio do Planalto. A conversa foi considerada dura. Segundo interlocutores da Presidência, o presidente está irritado com o governador desde a conversa anterior, há cerca de quinze dias.
Na ocasião, Zema teria relatado ao presidente que não poderia apoiá-lo porque o Novo estava ameaçando retirar o apoio financeiro e até mesmo cassar a filiação. A avaliação de integrantes da campanha é que Zema está "cozinhando" Bolsonaro para o segundo turno.
Bolsonaro participa da convenção do Republicanos que oficializou a candidatura de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo
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Evento aconteceu num centro de exposições na capital paulista
A jornalistas na saída do Palácio do Planalto, Viana afirmou que não haverá volta atrás na decisão e que Bolsonaro estará apenas no palanque do PL:
— Não há volta. Houve todo um esforço, uma busca de consenso que acabou agora chegando à decisão que o meu nome para o governo de Minas é o melhor caminho para o Partido Liberal no estado. A partir de agora o presidente subirá só em um palanque.
Viana ainda afirmou que o União Brasil indicará o vice para a sua chapa e que o nome mais cotado é o do deputado federal Bilac Pinto. A decisão deve ser finalizada nos próximos dias.
— União Brasil nos cederá o vice. O presidente está aqui presente, conversará com os nomes, é uma decisão interna do partido. Vão comunicar de hoje para amanhã exatamente quem será [..] É muito forte (o nome do Bilac Pinto), mas naturalmente é uma decisão que o União irá divulgar e respeito perfeitamente o tempo deles para a decisão.
Houve, ainda, uma decisão sobre o senador que vai compor a chapa. O deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) será substituído pelo do deputado estadual Cleitinho (PSC), que aparece com melhor pontuação nas pesquisas, segundo Viana.
— Marcelo Álvaro Antônio não será o candidato. Nós temos a confirmação de que o deputado estadual Cleitinho se juntará a nós nessa caminhada agora na campanha. Não é uma questão pessoal, é uma decisão em cima de números. O deputado Cleitinho vem pontuando fortemente, é uma candidatura nova e aceitou naturalmente se juntar a nós.
Associação Nacional dos Árbitros de Futebol também disse, em nota, que há árbitros insatisfeitos e dispostos a protestar nas próximas rodadas da competição