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Por Jacilio Saraiva, Para O Valor


Relacionamento ruim com chefe prejudica saúde mental, mostra pesquisa — Foto: Pexels
Relacionamento ruim com chefe prejudica saúde mental, mostra pesquisa — Foto: Pexels

Pesquisa feita pela startup de recursos humanos Kenoby, de software de recrutamento e seleção, indica que a saúde mental dos funcionários entrou de vez na agenda dos departamentos de RH das empresas brasileiras – mas ainda há muito a ser feito. Em 37,7% das companhias analisadas existem benefícios voltados para melhorar o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores, enquanto 38,7% não contam com essas facilidades, mas estudam a possibilidade de investir na área, em até um ano (35%).

O estudo “Os impactos da saúde mental no trabalho do colaborador brasileiro” ouviu 488 profissionais do setor, de todo o país, em fevereiro e março – a maioria das companhias dos entrevistados tem até 500 funcionários.

“O objetivo da pesquisa foi mapear as ‘dores’ e desafios da área de RH em lidar com o assunto”, diz Felipe Sobral, diretor de marketing da Kenoby. “O levantamento mostra que as empresas estão mais atentas à questão, pois sabem que as pessoas são o principal ativo que possuem, mas temos um longo caminho a percorrer.”

Sobral explica que a pandemia acabou favorecendo esse início de mudança de postura das corporações e acende uma luz de alerta para como as chefias tratam o tema. “Sabemos que funcionários estão adoecendo mentalmente e a prova disso é o aumento na busca por psicólogos e psicanalistas via telemedicina.”

De acordo com o levantamento, para 67,3% dos entrevistados, as chefias levam em consideração a saúde mental na hora de avaliar a expectativa dos colaboradores, mas na opinião de 93% ainda falta um olhar das empresas, no geral, para a área.

Em 71,1% dos grupos ouvidos não existe um departamento ou uma pessoa dedicados ao setor, enquanto a maioria (67,4%) já teve afastamentos de funcionários por problemas emocionais.

Os principais motivos que acarretam danos psicológicos no trabalho são a falta de diálogo da liderança (19,1%), assédio moral e constrangimentos (18,9%), além da ausência de feedbacks constantes (16%) e de metas difíceis de serem batidas (12,3%).

Para 36,6%, a falta de cuidado com a força de trabalho pode impactar na produtividade individual e do time, no baixo engajamento (23,3%) e no aumento do turnover (19,6%). A fim de contornar esses problemas, 59,9% das empresas veem como uma prioridade a contratação de um especialista ou a criação de um setor para cuidar do assunto.

“As empresas estão preocupadas em não tornar o home-office um vilão, já que a exaustão das equipes pode ter reflexos negativos na produtividade”, diz Sobral.

Como as empresas estão lidando com a saúde mental dos funcionários

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