Ele foi encontrado pela polícia em uma mata em Águas Lindas de Goiás. O local fica a cerca de 4km da casa da mãe da ex-companheira.

Houve tiroteio e Lázaro foi baleado, chegando morto ao hospital, segundo informações do secretário de Segurança Pública. Rodney Miranda disse que Lázaro descarregou uma pistola contra os policiais ao ser encontrado.

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Nas buscas a Lázaro Barbosa foram usados helicópteros, cães farejadores, drones com visão térmica, rádios especiais de maior alcance e antenas amplificadoras de sinal.

As buscas se concentraram nas cidades de Cocalzinho de Goiás e Águas Lindas de Goiás, onde o fugitivo teria se escondido em matas e atravessado rios, além de invadir fazendas e ameaçar moradores. O suspeito conhecia bem as matas da região, onde nasceu e foi criado.

1. Quando ele foi capturado e como morreu?
2. Quando e como ele fugiu?
3. Por onde ele fugiu?
4. Como descobriram que ele matou a família no DF?
5. Onde ele foi visto em Cocalzinho de Goiás?
6. O que diz a polícia sobre a caçada?
7. O que dizem as pessoas que teriam visto Lázaro cara a cara?
8. Quais equipamentos a polícia usa nas buscas?
9. Por que demorou até Lázaro ser encontrado?
10. Por quantos crimes ele é investigado?
11. Quantas pessoas foram presas pela força-tarefa e quem são elas?
12. Qual a relação dos suspeitos com o Lázaro?
13. O que eles alegam?
14. Quanto custa cada dia da força-tarefa?
15. Como o fazendeiro teria ajudado a esconder Lázaro?
16. Veja a cronologia da fuga

O governador Ronaldo Caiado anunciou em entrevista que a denúncia indicou que Lázaro estaria na casa da mãe da ex-companheira e a investigação partiu deste ponto.

Lázaro Barbosa morreu nesta segunda-feira (28) após ser capturado pela polícia, em Águas Lindas de Goiás. Ele foi baleado em troca de tiros com policiais. Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, Lázaro foi atingido após disparar contra policiais.

Lázaro foi levado por uma viatura dos bombeiros para o hospital, e a morte foi confirmada pela Polícia Técnico-Científica de Goiás.

• Entenda operação que terminou com a morte de Lázaro

O vídeo abaixo mostra Lázaro sendo colocado numa ambulância por policiais, que comemoram a prisão dele. Não é possível identificar se ele estava vivo ou morto no momento da filmagem.

Na tarde da segunda, a polícia disse ter atirado 125 vezes durante a ação para prender Lázaro. O G1 teve acesso ao boletim de ocorrências. A Secretaria de Saúde de Águas Lindas informou que criminoso foi atingido com pelo menos 38 tiros, mas só a perícia vai poder confirmar.

Lázaro é suspeito de invadir uma chácara no Incra 9, em Ceilândia (DF), em 9 de junho, matar a tiros e a facadas um casal e dois filhos, além de roubar itens do local. Ele teria rendido o caseiro, o dono da propriedade e a filha dele.

Após o crime, fugiu por matas e rodovias, furtou, incendiou e abandonou carros por onde passou.

Inicialmente ele fugiu por matas fechadas e cruzou a divisa entre o DF e Goiás. Também teria usado o carro na rodovia BR-070. A polícia encontrou um veículo incendiado na pista no dia 11 de junho. Nesse dia, ele chegou a Cocalzinho de Goiás e entrou no mato usando os córregos da região para não deixar rastros.

Após a morte da família Vidal em Ceilândia, Lázaro teria invadido uma outra chácara, no Incra 9, na mesma região do DF. Ele ficou por quatro horas no local, fez reféns e roubou o veículo para fugir para Goiás. Foi depois dessa invasão que a polícia do Distrito Federal passou a acreditar que ele fosse o principal suspeito de matar as quatro pessoas da mesma família.

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Policiais e moradores relataram que viram Lázaro passar por várias fazendas da cidade, nos distritos de Girassol e Edilândia. Ele também foi reconhecido por pessoas que foram feitas reféns por ele.

O secretário de Segurança Pública chegou a afirmar que Lázaro era "mateiro" e conhecia muito bem a região de Cocalzinho.

Em algumas ocasiões, as equipes disseram ter chegado perto de pegá-lo, mas ele fugiu pela mata.

"Ele, além de ser um psicopata, é da região. É o que nós chamamos de 'mateiro', acostumado a se emburacar no mato. Ele deve ter outra motivação psicótica. Está muito focado em seguir na trajetória criminosa", disse Miranda.

Uma moradora de Cocalzinho de Goiás contou que atendeu Lázaro Barbosa na padaria em que trabalha, no dia 26 de junho.

"Foi muito rápido e ele estava nervoso. Ele está bem diferente, está mais magro, está mais moreno, o cabelo está um pouco grande e 'lambido' para trás", disse.

A parente de uma família feita refém por Lázaro disse que eles viveram momento de desespero dentro de uma mata. As pessoas foram resgatados pela polícia, que trocou tiros com o suspeito.

"Ele falou que ia matar os três. Quando viu o helicóptero deitou eles no chão e os tapou com folhas. Quando a polícia chegou por terra, ele atirou contra a polícia", contou a familiar dos reféns.

A força-tarefa contou com apoio de helicópteros, dezenas de viaturas, cães farejadores, drones com visão térmica, rádios especiais com alcance de 30km e antenas amplificadoras de sinal para encontrar o fugitivo. Um dos carros foi cedido pelo governo do Rio de Janeiro.

De acordo com o secretário de Segurança, o fugitivo conseguiu se esconder muito bem em matas, córregos, rios e grutas da região, o que dificultou o trabalho de buscas.

Após a morte nesta segunda, o secretário disse que Lázaro tinha R$ 4,4 mil em dinheiro além da arma. Miranda afirmou que isso seria uma prova de que tinha gente com ele dificultando o trabalho da polícia.

No dia 24 de junho, a polícia prendeu um fazendeiro e um caseiro suspeitos de auxiliarem a fuga de Lázaro dando suporte para ele comer, dormir e descansar.

O caseiro recebeu liberdade provisória no dia seguinte à prisão. O caseiro contou detalhes de como era a rotina de Lázaro na chácara (leia abaixo). No dia 7 de julho o dono da propriedade se tornou réu por favorecer a fuga do foragido. No dia 16 de julho, o fazendeiro teve a prisão revogada.

Aos 32 anos, ele tinha extensa ficha criminal, fugiu três vezes da prisão e era acusado de diversos crimes desde 2007. Ao todo, ele era suspeito de pelo menos nove crimes: roubo, estupro, sequestro, tentativa de homicídio, homicídio, furto, porte ilegal de arma de fogo, tentativa de latrocínio e invasão.

Lázaro foi condenado por duplo homicídio na Bahia. Era suspeito de crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo no DF e em chácaras de Goiás.

A polícia investiga se Lázaro Barbosa agia como jagunço ou segurança de fazendeiros em Goiás.

A operação prendeu duas pessoas até 26 de junho. Um caseiro e um fazendeiro suspeitos de ajudarem a fuga de Lázaro Barbosa (leia detalhes no item 9 acima).

Lázaro foi localizado e trocou tiros com a polícia. Foi baleado e morreu a caminho do hospital como explicou a secretaria de Segurança.

A investigação do caso ainda apura o grau de relação entre Lázaro com os dois presos na semana passada.

Segundo depoimento do caseiro, o patrão dele era amigo da família do fugitivo. Como ele era funcionário da fazenda, apenas cuidava do local.

A defesa do fazendeiro negou que o cliente tenha abrigado Lázaro e disse que as declarações do caseiro não são verdadeiras.

O valor ainda não foi divulgado oficialmente pelo Secretário de Segurança Pública, que coordena os trabalhos com as polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal.

Estima-se que o custo de uma hora de voo de um helicóptero seja de R$ 5 mil, de acordo com pilotos consultados pela TV Anhanguera. A força-tarefa dispõe de três aeronaves.

• Alimentação

Lázaro tomava café da manhã, almoçava e jantava na fazenda, segundo disse o caseiro no depoimento após a prisão. Ele disse que percebeu a falta de leite na geladeira, copos sujos na pia e pães na mesa, sendo que nem ele nem o fazendeiro dormiam no local. Ele disse que reparou quantidades maiores de refeição sendo preparadas. O caseiro contou ainda ter ouvido o chefe chamar por Lázaro no horário de almoço, informando que a comida estava pronta.

Á noite, antes de ir embora, o patrão gritava novamente em direção ao mato: "A porta vai ficar aberta", disse no depoimento

Segundo o caseiro, Lázaro Barbosa dormia na fazenda por pelo menos cinco dias.

• Esconderijo em depósito
  

O fugitivo usava um depósito da casa para se esconder quando a polícia passava pela região. No local, ficavam equipamentos e uma máquina de cortar grama.

Ele disse que avisou que Lázaro estava no depósito por ter sido ameaçado de morte.

Ainda segundo o caseiro, quando a polícia fez a prisão dele e do patrão, Lázaro viu a chegada da equipe e correu para o esconderijo no depósito.

• Pernoites

Segundo o caseiro, Lázaro dormiu na fazenda entre os dias 18 e 23 de junho. Ele disse que percebeu que o colchão de um dos quartos estava sempre fora do lugar original.

Ele contou que nem ele e nem o patrão dormiam na chácara, mas o chefe mandava deixar as portas destrancadas quando fosse embora.

• Proteção contra a polícia

O caseiro disse que recebeu ordens de não deixar a polícia entrar no terreno desde o dia 18 de junho. Ele trabalhava há 21 dias na fazenda.

O fazendeiro teria atuado também a favor de Lázaro quando impediu a entrada de policiais da força-tarefa para vasculharem a área no dia 23 de junho.

O advogado do fazendeiro alega que a proibição aconteceu porque os policiais saem e deixam as portas abertas, o que provoca a saída de animais do local.

Um major do COD contou em depoimento que a equipe desautorizada a entrar foi tratada com desrespeito pelo fazendeiro.

No dia 24 de junho, uma outra equipe voltou ao local e encontraram duas porteiras trancadas com cadeados, mas passaram por debaixo delas.

• Relação de proximidade

O major relatou ainda que o caseiro revelou uma relação de proximidade entre o fazendeiro e a família de Lázaro. O patrão teria prestado auxílio financeiro aos familiares quando o irmão de Lázaro morreu.

A mãe e o tio do fugitivo também já trabalharam para o fazendeiro. No dia em que a polícia conseguiu entrar na casa, um militar viu o nome do tio de Lázaro escrito com tinta numa parede da residência.

• 9 de junho: Lázaro invadiu uma chácara no Incra 9, em Ceilândia (DF), onde matou a tiros e a facadas um casal e dois filhos. Roubou a chácara após o assassinato da família. Ele teria rendido o caseiro, o dono da propriedade e a filha dele;
• 11 de junho: Lázaro fugiu para Cocalzinho de Goiás logo em seguida;
• 12 de junho: Ele atirou em quatro pessoas, invadiu fazendas e colocou fogo em uma casa ao fugir da polícia. Os feridos foram levados a hospitais da região;
• 13 de junho: Lázaro furtou um carro e o abandonou na BR-070 após avistar uma barreira policial, dando sequência à fuga para uma mata;

• 14 de junho: caseiro de Cocalzinho de Goiás disse à polícia que atirou em Lázaro após ele falar que ia entrar na casa. Chacareiro relatou que ele fugiu depois de ser atingido. Lázaro foi filmado no curral de uma fazenda entre os distritos de Edilândia e Girassol;
• 15 de junho: dois policiais militares de Goiás foram baleados durante buscas do suspeito. Polícia disse que Lázaro fez o casal e a adolescente reféns em Edilândia. Parente da família relatou os momentos de pânico;
• 16 de junho: Lázaro Barbosa foi visto por um morador em uma área rural;
• 17 de junho: a polícia retomou as buscas em matas da região e mudou a base de operação pela segunda vez. Houve nova troca de tiros e secretário de segurança pública acredita que ele esteja ferido;
• 18 de junho: durante buscas o secretário de segurança pública disse que acredita ter visto Lázaro. Segundo PRF, ele foi visto em um chiqueiro durante a tarde, mas fugiu novamente para vegetação;

• 19 de junho: houve uma grande movimentação de policiais na região de Águas Lindas depois que um morador afirmou ter visto Lázaro em uma gruta da região. Nesse dia, a cadela que atuou nas buscas em Brumadinho chegou a Cocalzinho de Goiás;
• 20 de junho: as buscas por ele foram intensificadas por policiais civis, militares e federais. Foram usadas três aeronaves e cinco cães farejadores na caçada;
• 21 de junho: uma moradora denunciou que viu um homem, parecido com o fugitivo, passar por uma propriedade rural. Militares de vários batalhões vasculharam casas rurais em busca de pistas e rastros que Lázaro;
• 22 de junho: policiais retomam buscas por Lázaro e recebem rádios comunicados do Exército com alcance de 30km. Nesse dia, equipes periciaram um carro que foi encontrado queimado e, à tarde, um lençol e um serrote, que foram encontrados em um local onde o criminoso pode ter se abrigado;

• 23 de junho: a SSP disponibilizou um aplicativo para que moradores em uma área de 100 km de distância da região de busca possam fazer denúncias ou pedidos de ajuda. Equipes fizeram buscas em áreas de chácara, mas não conseguiram localizar pistas do fugitivo;
• 24 de junho: a força-tarefa saiu durante a tarde para fazer buscas em uma região de chácaras de girassol. O secretário de segurança, Rodney Miranda, saiu em uma viatura descaracterizada. Helicópteros também sobrevoaram a região;
• 25 de junho: a operação continuou em buscas pelo fugitivo na mesma região onde o caseiro e o fazendeiro foram presos suspeitos de ajudarem na fuga. O secretário de Segurança, Rodney Miranda, esteve no local para acompanhar;
• 26 de junho: um caseiro e um fazendeiro suspeitos de ajudarem a fuga de Lázaro Barbosa foram presos;
• 28 de junho: Lázaro morre após ser baleado pela força-tarefa, com quem trocou tiros, segundo a secretaria de Segurança.

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