• Rennan A. Julio
Atualizado em

A Lastlink, startup que ajuda criadores de conteúdo a gerenciar suas comunidades de fãs, anunciou nesta quarta-feira (23/06) que recebeu um aporte de US$ 1,4 milhão liderado pela Canary. Fundada pelo empreendedor mineiro Michel Ank em agosto de 2020, a plataforma ajuda influenciadores e criadores de conteúdo a administrarem assinaturas de grupos fechados em redes como Instagram, Telegram e WhatsApp.

Michel Ank, fundador da startup Lastlink (Foto: Divulgação/Lais Trancoso)

Michel Ank, fundador da startup Lastlink (Foto: Divulgação/Lais Trancoso)

A rodada também contou com a participação do fundo Graph Ventures, que já investiu em empresas como Enjoei, Loft e VivaReal, e de investidores-anjos como Israel Salmen, CEO da Méliuz, Gustavo Caetano, CEO da SambaTech, e Marcela Rezende, vice-presidente de marketing da MadeiraMadeira. Com o dinheiro, a startup espera desenvolver o produto e acelerar a contratação de novos funcionários.

Com 35 pessoas no time, a Lastlink pretende ao menos dobrar esse número até o fim deste ano. Desde sua fundação, a plataforma já trabalhou com mais de 2,1 mil criadores de conteúdo, alcançando mais de 550 mil membros nos grupos gerenciados pela Lastlink. Ao todo, R$ 31 milhões já foram movimentados dentro da plataforma desde agosto do ano passado. Segundo Michel Ank, o propósito da empresa é fazer com que os criadores de conteúdo se sintam livres para produzir, enquanto a Lastlink cuida da gestão das comunidades.

Por meio do sistema criado pela empresa, o criador consegue automatizar a venda e o acesso às comunidades dentro do Instagram e do Telegram. O próximo passo é expandir a ação também para os grupos de WhatsApp: o modelo está em teste e deve ficar disponível para todos os criadores ainda neste ano. “Queremos nos tornar uma referência na chamada ‘economia da paixão’”, disse Ank.

Para o empreendedor, o novo aporte deve acelerar de vez a operação. “Tínhamos um crescimento orgânico. Mas, ao perceber o tamanho das oportunidades, entendi que precisava entregar muito mais”, afirma o fundador. O fundador diz que as contratações serão feitas em todas as frentes da companhia: marketing, vendas, tecnologia e atendimento. “O foco é em produto e pessoas. Vamos ajudar o criador a fazer mais com menos”, diz.

Os clientes da Lastlink podem acessar diferentes planos, que incluem diferentes funcionalidades: gestão de usabilidades e membros no Instagram; perfil privado no Instagram para alunos e interessados; gestão de membros nos grupos do Telegram; e futuramente gestão de comunidades no WhatsApp. A plataforma também faz integração com anúncios no Google e no Facebook. A divulgação do conteúdo, no entanto, é de responsabilidade do criador.

Pelo modelo de negócio, a Lastlink cobra uma comissão sobre cada venda feita pelos clientes - o valor pode chegar até 9,99%, mais uma taxa de cartão de crédito ou boleto bancário. Uma novidade em vista é a adição do PIX. Ank espera que os novos recursos ajudem a Lastlink a atingir novos mercados. “Há frentes valiosas para explorarmos. Se o criador tem uma audiência nas redes com potencial de monetização, podemos atendê-lo. A área de concursos públicos é um bom exemplo disso”, diz o empreendedor.