A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) divulgou nesta terça-feira (29) estudo que estabelece novos critérios para a identificação da classe média brasileira e a define como o grupo composto por famílias com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019. Atualmente, esse universo representa 54% da população do país.
A nova classe média foi dividida entre a baixa classe média, com renda per capita entre R$ 291 a R$ 441; classe média, com ganho entre R$ 441 a R$ 641; e classe média alta, com rendimento entre R$ R$ 641 a R$ 1.019.
Em parceria com outros especialistas, foram adotados diversos critérios para definir as faixas de renda da classe média, dividida em três subgrupos. Segundo a SAE, o principal critério observado foi o da vulnerabilidade, ou seja, a chance que a população tem de sofrer decréscimo na renda, e assim ser rebaixada de classe.
Para chegar a esses números, a SAE disse ter lavado em consideração o padrão de despesa das famílias e os gastos com bens essenciais e supérfluos.
A nova classificação vai servir para o governo tomar medidas que sustentem a emergência da classe média na sociedade brasileira.
"Adotamos um novo método, com novas metas e novas métricas. A expectativa é que a gente entenda melhor e mapeie essa nova classe, que ascendeu nos últimos dez anos e se transformou na maioria da população brasileira", afirmou o ministro da secretaria, Moreira Franco.
O nível de renda foi feito com base nas últimas pesquisas disponíveis sobre o tema, realizadas em 2009. Os valores foram corrigidos até abril deste ano.