Por g1


Notas de dólar — Foto: REUTERS/Dado Ruvic

O dólar fechou em queda de 0,51%, cotado a R$ 5,5081, nesta quarta-feira (13), após o Banco Central injetar US$ 1 bilhão no mercado de câmbio.

A intervenção provocou uma reviravolta no dólar, que despencou após o anúncio do leilão e aprofundou as perdas após a divulgação do resultado. Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 5,5731.

O volume injetado nesta quarta foi o dobro do colocado na última vez que o BC recorreu a esse recurso de forma extraordinária, em 30 de setembro.

Com o resultado desta sessão, o dólar acumula alta de 1,15% no mês e de 6,19% no ano. Veja mais cotações

Injeção de dólares

O Banco Central ofertou neste pregão até 14 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em junho e setembro de 2022. A autarquia também fez leilão de swap tradicional para rolagem de até 15 mil contratos com vencimento em junho e setembro de 2022.

Entre 15h10 e 15h20 desta quarta, o BC informou ter realizado também um leilão de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional, o que tirou o dólar das máximas do pregão contra o real.

Os contratos serão distribuídos entre os vencimentos 1º de fevereiro de 2022 e 1º de junho de 2022, informou o BC em comunicado.

Por que o dólar sobe? Assista no vídeo abaixo:

Entenda a alta do dólar

Entenda a alta do dólar

Cenário

Nos EUA, a inflação subiu com força em setembro e devem subir ainda mais nos próximos meses em meio a uma alta nos custos dos produtos de energia. O índice de preços ao consumidor subiu 0,4% no mês passado, após alta de 0,3% em agosto. Nos 12 meses até setembro, o índice aumentou 5,4%, após avançar 5,3% em agosto ante o ano anterior.

O dia também terá a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Na China, dados comerciais domésticos melhores do que o esperado amenizavam os temores de desaceleração econômica alimentados por uma crise de energia e pelo endividamento da Evergrande. As exportações saltaram 28,1% em setembro sobre o ano anterior, contra avanço de 25,6% em agosto.

Nos mercados de energia, os preços do petróleo operam em ligeira queda, trazendo alívio para os negócios, após reportagens sugerirem que as negociações nucleares com o Irã poderiam recomeçar ainda esta semana.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estão em Washington, onde participam das reuniões do G-20 e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington.

No Brasil, a alta dos preços também segue como motivo de cautela. Os analistas elevaram de 8,51% para 8,59% as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para o PIB (Produto Interno Bruto), os economistas esperam crescimento de anp5,04% para 2021. Para 2022, o mercado reduziu a previsão de alta de 1,57% para 1,54%.

O mercado financeiro passou a projetar em 8,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Com isso, os analistas seguem estimando alta dos juros neste ano. Para o dólar, a projeção para o fim de 2021 subiu de R$ 5,20 para R$ 5,25. Para o fim de 2022, a estimativa permanece em R$ 5,25.

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