Finanças
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Por Estevão Taiar, Valor — São Paulo


O Sistema Financeiro Nacional (SFN) "está resiliente", reforçou nesta terça-feira o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central (BC), na ata referente à 44ª reunião do colegiado. O encontro do Comef, do qual faz parte toda a diretoria colegiada da autoridade monetária, foi realizado na semana passada.

"Os resultados dos testes para medir os impactos da pandemia mostram melhor capacidade de absorção de perdas em relação àqueles apresentados no último Relatório de Estabilidade Financeira (REF) e nas 42ª e 43ª reuniões deste Comitê. Isso decorre principalmente da recomposição dos níveis de capital do SFN e da recuperação parcial da atividade econômica", afirmou.

Na reunião realizada na semana passada, o comitê optou por manter o Adicional Contracíclico de Capital Principal relativo ao Brasil (ACCPBrasil) em 0% "pelo menos" até o fim deste ano. Esse adicional é uma espécie de colchão financeiro construído em tempos favoráveis.

Segundo o Comef, o crescimento do crédito vem sendo impulsionado "pelo nível de taxas de juros e pelas medidas emergenciais" adotadas durante a crise.

"Algumas linhas de crédito, como o imobiliário, são estimuladas pelo nível historicamente baixo de taxas de juros", afirmou, enquanto a expansão do crédito bancário de uma forma geral vem sendo "condizente" com os estímulos e fundamentos econômicos.

Na avaliação do Comef, as provisões atuais do SFN para potenciais perdas estão em níveis adequados e "são suficientes para fazer frente às perdas esperadas". Isso porque as instituições financeiras aumentaram essas provisões, e consequentemente "a cobertura dos ativos problemáticos atingiu seu maior valor histórico".

"Além disso, a carteira repactuada, da qual 84% já saiu do período de carência, tem apresentado qualidade do crédito superior ao inicialmente esperado", diz.

"Os níveis de capitalização e de liquidez do SFN mantiveram-se superiores aos requerimentos prudenciais. Ao longo do segundo semestre de 2020, o sistema absorveu os impactos da pandemia, recompondo gradativamente os níveis de capitalização, em parte graças à regulação que restringiu a distribuição de resultados. A liquidez se encontra em níveis adequados."

O Comef volta a se reunir no dia 1 de junho.

 — Foto: Marcos Santos/USP Imagens
— Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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