Crítico dos manifestos em defesa da democracia, classificados por ele como um "movimento político", o presidente Jair Bolsonaro será convidado a assinar pelo menos um deles, o da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Bolsonaro vai visitar a entidade no mesmo dia em que o manifesto da Universidade de São Paulo, o da Fiesp, entre outros, serão divulgados oficialmente, na capital paulista.
Bolsonaro confirmou presença em evento da Fiesp que vai ouvir, em dias diferentes, candidatos à Presidência. Ele pediu para antecipar a sua data para o dia 11 de agosto, quando os documentos elaborados pela USP e pela Fiesp serão lançados oficialmente.
Carta em defesa da democracia reúne quase 500 mil assinaturas
Manifesto da Fiesp
O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice José Alencar nos mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu lançar o documento.
Ele submeteu a ideia à diretoria da entidade, obtendo o apoio dos colegas, sem que ninguém se colocasse contra, apesar de na federação haver empresários que apoiam Bolsonaro.
A interlocutores, Josué Gomes tem insistido que o documento da entidade não é um ato político contra Bolsonaro, mas em defesa da democracia e do fortalecimento das instituições democráticas brasileiras.
Em entrevistas, Bolsonaro classificou os manifestos de "cartinha" e chegou a citar o nome do presidente da Fiesp. “Eu não entendi essa nota, que foi patrocinada pelo querido filho do vice do ex-presidente Lula, seu Josué Gomes da Silva. É uma nota política em ano eleitoral”, afirmou.
A Fiesp tem convidado todos os candidatos que estão comparecendo ao encontro organizado pela entidade a assinar o documento. Já assinaram Felipe D’Ávila (Novo), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). A ida de Lula ao encontro está agendada para o dia 9 de agosto. Lula também será convidado a assinar o documento.