Rio

Unidade ambiental que Bolsonaro quer transformar em "Cancún" é obrigatória para funcionamento de usina nuclear

Moradores e ambientalistas denunciam que aumentou a atuação de pescadores na Estação Ecológica de Tamoios após declarações do presidente
Estação Ecológica de Tamoios, unidade de conservação federal de proteção integral, criada em 1990 Foto: Márcia Foletto
Estação Ecológica de Tamoios, unidade de conservação federal de proteção integral, criada em 1990 Foto: Márcia Foletto

RIO - Entre os municípios de Angra dos Reis e Paraty, há uma porção de mar em que pesca e atividades de lazer são proibidas. Esse santuário da natureza preserva espécies ameaçadas de extinção e garante campo para pesquisas científicas. A Estação Ecológica de Tamoios é um paraíso dentro de outro paraíso — ocupa 5% da Baía de Ilha Grande, uma das regiões mais intocadas do estado. Mas, desde que o presidente Jair Bolsonaro defendeu parâmetros de conservação mais brandos para a “Cancún brasileira”, a área de proteção, segundo ambientalistas, passou a ser alvo de pescadores dispostos a desafiar a fiscalização e a driblar a lei.

O tamanho do perigo é proporcional ao tesouro que se guarda no território descontínuo, formado por 29 ilhotas e rochedos, onde vivem animais sob ameaça de extinção como a garoupa, a tartaruga-verde e o cavalo-marinho-do-focinho-longo.

O biólogo marinho João Vital, voluntário do conselho gestor da estação, conta que tem sido frequente fiscais se depararem com pescadores, em flagrante desrespeito aos limites impostos na área protegida, que os enfrentam, questionando as proibições determinadas pela legislação.

Leia a reportagem completa aqui, exclusiva para assinantes