Por France Presse


O presidente chinês Xi Jinping aplaude durante reunião no Grande Salão do Povo em Pequim, na China, em 2020 — Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

A China anunciou neste sábado (27) sanções contra três pessoas e uma entidade dos Estados Unidos e Canadá, em resposta às medidas adotadas pelos dois países recentemente devido ao tratamento que Pequim reserva à minoria uigur.

Dois membros da Comissão dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional, o deputado canadense Michael Chong e uma comissão parlamentar canadense de direitos humanos estão proibidos de entrar na China, em Hong Kong e Macau, anunciou o Ministério chinês das Relações Exteriores.

Ao menos um milhão de uigures e pessoas que pertencem a outros grupos muçulmanos estão retidos em campos da região de Xinjiang (noroeste), de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos, que acusam o governo chinês de impor trabalhos forçados e de esterilizar as mulheres.

União Europeia, Grã-Bretanha, Canadá e Estados Unidos anunciaram sanções contra vários membros da liderança política e econômica em Xinjiang esta semana, com o objetivo de exercer pressão, o que provocou uma rápida represália diplomática de Pequim, na forma de sanções contra indivíduos na UE e Grã-Bretanha.

O ministério chinês das Relações Exteriores acusou neste sábado Estados Unidos e Canadá de impor sanções "baseadas em boatos e desinformação".

Os funcionários ocidentais objetos de sanções não poderão fazer negócios com nenhum cidadão ou empresa da China.

Estas pessoas "devem parar de manipular politicamente tudo que tem relação com Xinjiang e parar de interferir nos assuntos internos da China", advertiu o ministério.

O deputado conservador canadense Michael Chong disse que a sanção chinesa é uma "distinção honrosa". "Temos o dever de exigir que a China preste contas por sua repressão em Hong Kong e seu genocídio de uigures. Nós, que vivemos livremente em democracias, sob um Estado de Direito, temos que ser a voz dos que não a tem."

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