• Rennan A. Julio
Atualizado em
Fundadores da Pipo Saúde: Vinicius Correa, Manoela Mitchell e Thiago Torres (Foto: Divulgação)

Fundadores da Pipo Saúde: Vinicius Correa, Manoela Mitchell e Thiago Torres (Foto: Divulgação)

A Pipo Saúde, que opera como corretora de seguros de saúde, anunciou nesta quarta-feira (27/07) que levantou R$ 100 milhões em uma nova rodada de investimento, o maior Série A  do mercado brasileiro de healthtechs. Nesse aporte entraram novos investidores, como a Thrive Capital, que liderou a rodada, e o fundo Atlântico, além de investidores-anjos. Participaram também investidores da rodada seed: Monashees, Kaszek, ONEVC e David Velez, cofundador do Nubank.

Nos últimos 12 meses, a empresa cresceu oito vezes. Hoje, a Pipo Saúde conta com 100 clientes empresariais e 15 mil vidas em seu portfólio. Com o dinheiro, o objetivo é ao menos duplicar esse número ainda em 2021. Para isso, a empresa investirá na contratação de talentos. A ideia é dobrar o número de funcionários, chegando a 200 pessoas neste ano, com foco no time de tecnologia. O capital ainda sustentará o desenvolvimento tecnológico para melhorar a oferta de produtos.

Fundada há dois anos por Manoela Mitchell, Vinicius Correa e Thiago Torres, a startup opera como uma corretora de benefícios de saúde que usa dados para otimizar o trabalho do setor de recursos humanos. Entre os clientes da healthtech estão companhias como MadeiraMadeira, Buser e Alura. Em junho de 2020, levantou R$ 20 milhões.

“A nova rodada é fruto de uma boa resposta e desse crescimento. É um validador, um combustível”, diz Mitchell a PEGN. Segundo a empreendedora, a Pipo possuía dinheiro em caixa, mas levantar capital significaria poder se lançar em iniciativas diferentes. Além da contratação de talentos, é a hora de a empresa investir em marketing. “Até agora, foi tudo orgânico, sem investimento em marca. Vamos usar esse recurso para trabalhos mais institucionais, o que nos ajudará na aquisição de novos clientes”, afirma.

Ter o maior aporte Série A em uma healthtech brasileira é um marco importante, considera a empreendedora. “Isso valida que estamos resolvendo um problema grande do mercado. E há espaço para crescimento. Temos 15 mil vidas, de um mercado que estimamos ser de 50 milhões de pessoas”, afirma.

Os fundos que estão entrando no negócio terão papel fundamental nessa expansão. “A Thrive Capital traz para a mesa um conhecimento de, no mínimo, oito anos em saúde digital.” Do lado do fundo Atlântico, a possibilidade de conectar a startup com empreendedores brasileiros de qualidade é uma vantagem. “Somos uma startup brasileira e seguiremos assim nos próximos dez anos”, afirma a empreendedora.

A ideia de internacionalização, portanto, ainda está fora dos planos da Pipo. “Eu gosto de pensar saúde como um um mercado complexo, local, regionalizado. Para sermos incríveis em resolver um problema, precisamos focar no nosso ecossistema”, diz.