Coronavírus

Por G1


Homem com máscara é visto deixando centro de vacinação contra Covid-19 em Frankfurt, na Alemanha, na quinta-feira (28) — Foto: AP Photo/Michael Probst

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, anunciou nesta sexta-feira (2) que a Alemanha espera mais uma onda da pandemia, causada pela variante do coronavírus Delta, identificada pela primeira vez na Índia. Para enfrentá-la, ele afirmou que o país estuda combinar vacinas contra a Covid-19.

Segundo informações da Reuters, Spahn disse a jornalistas que o país pretende combinar, no futuro, uma primeira dose da vacina da AstraZeneca com uma segunda dose de uma vacina baseada em RNA mensageiro, como a da Pfizer/BioNTech ou da Moderna, uma vez que testes com o acréscimo de uma dose de um imunizante de RNA apontou uma proteção maior contra a variante Delta.

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O ministro acrescentou que a Alemanha tem doses suficientes de todas as vacinas para fazer essa alteração, assim como para fornecer doses de reforço para quem quiser tomá-las no outono do Hemisfério Norte.

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No Brasil, até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda misturar doses de diferentes fabricantes de vacinas contra a covid-19.

A Alemanha espera, segundo o ministro da saúde alemão, que a variante delta se torne endêmica no país ainda neste mês de julho, igual aconteceu no Reino Unido.

Uma previsão do Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) divulgada em 23 de junho apontou que 70% das novas infecções pelo coronavírus na União Europeia deverão ser causadas pela variante delta até o início de agosto. Até o final do mesmo mês, a variante será responsável por 90% das infecções.

O que se sabe sobre a variante Delta?

A variante delta do coronavírus (B.1.617) foi identificada pela primeira vez na Índia em outubro do ano passado. No dia 18 de junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a Delta está se tornando dominante em todo o mundo.

Uma atualização sobre a variante divulgada pelo governo do Reino Unido em 25 de junho apontou que:

  • a transmissibilidade da delta parece maior do que o vírus do tipo selvagem (responsável pela primeira onda);
  • a delta continua a demonstrar uma taxa de crescimento "substancialmente aumentada" em comparação com a alfa (a variante britânica/B.117), em várias análises;

Contudo, o governo britânico sinalizou que mais dados ainda são necessários para concluir se ela é mais letal ou se é responsável por casos mais graves de Covid-19.

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No Brasil, ela já causou ao menos duas mortes. As primeiras detecções ocorreram em 20 de maio, em seis pessoas que chegaram ao Maranhão a bordo de um navio indiano.

Na Rússia, a propagação da variante delta em Moscou fez a capital bater recorde diário de infectado em junho.

Uma variante é resultado de modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação. Um único vírus pode ter inúmeras variantes. Quanto mais circula (transmitido de uma pessoa para outra), mais ele faz replicações – e maior é a probabilidade de ocorrência de modificações no seu material genético.

Isso não significa que as vacinas disponíveis não protejam contra esta variação do Sars-Cov-2. No Reino Unido, onde ela já é dominante, o Ministério da Saúde assegurou que as doses aplicadas conferem proteção às infecções.

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