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77ª edição do Globo de Ouro acontece neste domingo (5) em Beverly Hills, California — Foto: Jordan Strauss/Invision/AP
Os membros da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), grupo responsável pelo Globo de Ouro, aprovaram nesta quinta-feira (6) mudanças amplas com o objetivo de aumentar a diversidade entre os votantes.
As mudanças acontecem após uma reportagem publicada em fevereiro pelo jornal "Los Angeles Times" apontar que não havia novas pessoas negras na HFPA.
A polêmica ofuscou a cerimônia em fevereiro, uma das principais premiações de Hollywood e que anualmente antecede a entrega do Oscar.
Entre as mudanças estão:
- A contratação de um diretor de diversidade;
- O recrutamento de jornalistas negros, amplificando a seleção para o grupo de jornalistas estrangeiros da área de entretenimento.
- O acréscimo de 20 novos membros aos atuais 87 neste ano e a expansão de sua composição em 50% nos próximos 18 meses.
O conselho da HFPA propôs mudanças no início da semana e os membros as aprovaram nesta quinta-feira.
"A votação esmagadora de hoje para reformar a associação reafirma nosso compromisso com a mudança", afirmou o presidente da HFBA, Ali Sar, em nota.
Questões éticas
O jornal também levantou questões éticas sobre a relação próxima entre a HFPA e os estúdios de cinema que podem influenciar na escolha dos indicados e vencedores do Globo de Ouro.
As novas regras exigem que membros da HFPA parem de aceitar itens promocionais presenteados por estúdios de cinema e TV e que o grupo publique uma lista pública de membros com links para seus trabalhos.
"Entendemos que o trabalho duro começa agora", disse Sar. "Continuamos dedicados a nos tornarmos uma organização melhor e um exemplo de diversidade, transparência e responsabilidade no setor."

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