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Por Jornal Nacional


Governo federal publica edital para contratar uma administradora para a Cinemateca Brasileira, depois de incêndio

Governo federal publica edital para contratar uma administradora para a Cinemateca Brasileira, depois de incêndio

O governo federal publicou nesta sexta-feira (30) um edital para contratar uma empresa que administre a Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Na quinta-feira (29), um incêndio destruiu parte do acervo.

Na tarde desta sexta-feira (30), policiais federais vistoriaram o galpão na Zona Oeste de São Paulo, depois que os bombeiros terminaram o rescaldo. Peritos de Brasília e do Rio de Janeiro, que atuaram na investigação do incêndio no Museu Nacional, vão participar dos trabalhos na Cinemateca.

Cerca de 24 horas depois do incêndio, o governo federal ainda não informou quais itens foram destruídos pelo fogo, nem o que estava guardado lá dentro. Ex-funcionários dizem que havia toneladas de documentos, roteiros, cópias de filmes e equipamentos cinematográficos antigos.

Os bombeiros divulgaram fotos do depósito destruído e disseram que o fogo começou durante a manutenção do ar-condicionado por uma empresa terceirizada. A Secretaria Especial da Cultura informou que o sistema de climatização passou por manutenção há cerca de um mês, lamentou o incêndio e reafirmou o compromisso com a Cinemateca e a manutenção da sua história.

Mas a instituição que deveria preservar a memória audiovisual do país está sem funcionários desde que o governo federal assumiu a gestão, em agosto de 2020. Na ocasião, o secretário adjunto da Cultura disse à antiga direção que contrataria uma nova organização para administrar o acervo.

"Nós receberemos as chaves e iniciaremos um novo processo de chamamento para a nova organização social", disse, na época, o secretário adjunto de Audiovisual Hélio Ferraz.

O chamamento só foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial, quase um ano depois do anúncio, um dia depois do incêndio.

O Ministério Público Federal processou a União por abandono do acervo, em julho de 2020. Em maio deste ano, a Justiça suspendeu o processo, porque o governo federal se comprometeu a tomar providências. O prazo venceu no começo deste mês e foi estendido até setembro. O procurador responsável pela ação voltou a alertar, numa audiência no último dia 20, para o risco de incêndio do prédio. Nove dias depois, o alerta se confirmou.

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