Tem de tudo um pouco: alimentos, bebidas, eletrodomésticos, roupas, enfeites de natal e até artigos de praia. Os produtos à venda não percorreram o caminho normal, da fábrica ao comércio. Eles estavam em lojas que pegaram fogo ou na carroceria de caminhões que sofreram acidentes.
A seguradora paga indenização ao dono da mercadoria e fica com o produto, que será vendido em lojas conhecidas por "salvados".
"Um sinistro de geladeiras que tenha um valor de nota de R$ 100 mil, eu pago para a seguradora 60% desse valor e eu vendo por 30% abaixo do valor das lojas", afirma Emerson Nabosne, dono de loja.
Todos os produtos são vendidos com nota fiscal e tem garantia. As oportunidades de fechar novos negócios e com produtos bem variados para ampliar os estoques chegam quase a todo o momento na loja, por e-mail. São aproximadamente 100 e-mails por dia, encaminhados pela seguradora informando sobre acidentes com caminhões nas estradas de todo o país.
O sapato sai por R$ 80. Na loja especializada, é vendido a R$ 180 ou R$ 200. As bebidas chegaram a Curitiba depois de um incêndio num supermercado de Salvador, e estão até 30% mais baratas.
A enfermeira Allany Bugalski nunca tinha feito as compras numa loja assim e ficou animada quando viu o preço das calças e camisas. “Eu estou levando coisas que eu estou pagando R$ 100 aqui, que eu achei por R$ 300, R$ 400 em outras lojas. É bem mais em conta”, afirma.